Dois novos radares estão em funcionamento na Índio Tibiriçá, em Suzano
04/11/2025
(Foto: Reprodução) Radares sendo instalados na Rodovia Índio Tibiriçá, em Suzano
Alessandro Batata/TV Diário
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que dois radares do trecho de Suzano da Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31) já estão em funcionamento e outros dois começarão a operar nas próximas semanas (veja os trechos abaixo).
De acordo com o departamento, os equipamentos que ainda não estão funcionando, estão em processo de homologação.
✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp
Outros seis radares passarão por ajustes técnicos e seguem sem previsão de início da operação. A nova estimativa do DER é que 10 aparelhos devem funcionar no trecho de Suzano.
Desde 14 de outubro, um medidor de velocidade funciona no km 44,1 da Índio Tibiriça no trecho de Ribeirão Pires, no ABC Paulista. O limite estabelecido no trecho é de 60 km/h nas duas pistas.
LEIA TAMBÉM: Radar na Mogi-Salesópolis começa a operar nesta terça-feira
Pontos onde os radares já estão funcionando em Suzano:
SP 031: km 56,1
SP 031: km 64,3
Pontos onde os radares devem começar a funcionar:
SP 031: km 58
SP 031: km 65,7
Equipamentos que passam por ajustes técnicos:
SP 031: km 54,9
SP 031: km 57
SP 031: km 58,7
SP 031: km 60,1
SP 031: km 66,2
SPA 058/031: km 5,8
De acordo com o DER, a seleção dos pontos foi realizada após um mapeamento técnico, onde foram analisados fatores de risco, como: índices de acidentes, histórico de excesso de velocidade, características geométricas da via, existência de pontos críticos e áreas com travessia de fauna.
A autarquia reforçou que o início efetivo da operação será divulgado logo após a conclusão de todos os testes necessários.
Em junho, o departamento informou que os aparelhos encontravam-se em teste desde 1º de junho com prazo de 45 dias.
Na sequência, ocorre o processo de homologação que pode levar mais 60 dias antes do início da operação efetiva. Durante todo esse processo, não haverá autuações.
O DER recomenda que os motoristas respeitem a velocidade determinada na via.
A rodovia Índio Tibiriçá possui 37,2 quilômetros de extensão e liga Suzano ao ABC Paulista e à Estrada Velha de Santos, a SP-148 ou Rodovia Caminho do Mar, hoje ativa apenas para fins turísticos.
Cacique Tibiriçá
Em 1983, após a conclusão das obras da SP-31, a rodovia passou a homenagear um dos principais líderes indígenas na história do Brasil e do Estado de São Paulo.
Por meio da oralidade e de registros históricos, sabe-se que Tibiriçá foi o principal líder indígena do Planalto de Piratininga. Algumas fontes afirmam que ele era cacique de seu povo e chefiava a aldeia de Inhapuambuçu, também chamada Piratininga.
Escultura de Índio Tibiriçá próxima ao Cemitério São João Batista, em Suzano
Rodrigo Bittencourt/Reprodução
De acordo com o historiador Antônio Sérgio Ribeiro, em entrevista à Assembleia Legislativa de São Paulo, o cacique foi convertido ao catolicismo e batizado pelos padres portugueses Leonardo Nunes e José de Anchieta durante a chegada dos colonizadores ao Brasil.
Ele passou a ser chamado de Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao fundador da Vila de São Vicente, Martim Afonso de Sousa.
Ainda segundo Ribeiro, Tibiriçá colaborou nas fundações da Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, atual capital paulista, em 1553, e do Colégio dos Jesuítas, em 1554. Ele se estabeleceu no local onde atualmente está localizado o Mosteiro de São Bento.
O líder indígena defendeu a vila e os jesuítas no episódio que ficou conhecido como “Cerco de Piratininga”, em 1562, quando a área foi atacada por outros povos indígenas que não concordavam com a aproximação dos colonizadores.
Antes do confronto, Tibiriçá havia sido alertado para que reconsiderasse sua posição a favor dos portugueses e se juntasse na defesa de seus irmãos indígenas. No entanto, ele preferiu manter seu posicionamento e proteção aos portugueses.
Dessa forma, entrou em combate contra outros povos indígenas para defender Piratininga. Tibiriçá e seus aliados saíram vitoriosos da batalha.
Entretanto, no mesmo ano, o líder indígena faleceu em São Paulo. Seu corpo foi sepultado na igreja dos jesuítas e seus restos mortais repousam na Catedral Metropolitana de São Paulo, na praça da Sé.
Motoristas consideram radares da rodovia Índio Tibiriça um ponto positivo
Leia também
Rodovia Índio Tibiriçá tem radares em fase de testes
Entenda quem foi Tibiriçá, indígena que dá nome a uma das principais rodovias que passam pelo Alto Tietê
Assista a mais notícias do Alto Tietê